segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Capitalismo ou Capitanismo?

Andei eu convencido todos estes anos que, entre outras coisas, numa sociedade Capitalista,  a propriedade intelectual gerada pelo seu autor dentro da sua casa por sua própria conta era sua, mas afinal não é bem assim... 

Nem é exactamente uma sociedade capitalista, nem a nossa propriedade é exactamente nossa... digamos que é a soma do melhor de dois mundos aparentemente antagónicos mas que afinal têm mais em comum do que à primeira vista se julgaria.

Se numa sociedade comunista tudo é susceptivel de ser colectivizado, em nome dos superiores interesses da "Nação", numa sociedade capitalista tudo é susceptivel de ser privatizado, em nome, mais uma vez, dos superiores interesses da "Nação", certo? 
Até aqui tudo bem... Mas, e quando estes modelos já não satisfazem?

É aqui, meus caros leitores que entra o Capitanismo... Quando já pouco resta para privatizar, quando já pouco resta para taxar, o que fazer para salvaguardar os superiores interesses da "Nação"?

É simples, subvertem-se as definições de colectivização, privatização, iniciativa e gestão  privada...
Como assim, perguntar-se-á o caro leitor...

Quando privatizar significa comprar activos com dinheiro emprestado dando como garantia lucros futuros e risco zero assegurado pelo dinheiro dos contribuintes... em comunismo sigificaria colectivizar prejuízos...

Iniciativa e gestão privada, em Capitanismo significa, gerir a nossa propriedade recém adquirida a preços competitivos - quando não de forma gratuita -  com todas os benefícos do capitalismo, ou seja usufruto do direito de propriedade, usufruto dos lucros, bónus e salários, adicionando-lhe todos os benefícios do comunismo, colectivizando os prejuízos, as despesas de investimento (subsídios, incentivos fiscais, linhas de crédito, etc), despesas decorrentes da actividade como salários (subsídios de apoio ao emprego onde o exemplar capitanista só paga uma pequena percentagem do salário, até que acabe o contrato e venha outro que satisfaça os exigentes requisitos necessários para trabalhar em tão competitiva empresa e ainda mais competitivo mercado).

Mas, e quando este modelo já não chega? 

Bem, é aqui os Capitanistas de sucesso têm que começar a ser creativos... E como perguntar-se-á mais uma vez o caro leitor...

Aderindo às novas tecnologias... usando-as para colectivizar aquilo que até agora não podia ser colectivizado - a propriedade intelectual acabadinha de ser gerada... claro que é preciso que certos requisitos sejam atendidos... entre os quais...

- o "gerador" da propriedade intelectual não pertencer à classe capitanista de sucesso...
- o "gerador" da propriedade intelectual não dispôr de recursos materiais que possam questionar legalmente os "legítimos autores" capitanistas de sucesso...
- o "gerador" da propriedade intelectual não dispôr de acesso às ferramentas que lhe permitam legitimar a sua propriedade...
- assegurar que o capitanista de sucesso tem garantido junto da autoridade da nação capitanista os meios humanos e materiais necessários para monitorizar (no seu território e se possível em território alheio) de forma permanente e definitiva o "gerador" da propriedade intelectual de modo a que, no futuro, não venha a ser posta em causa nem o modelo Capitanista, nem os honrados e meritórios capitanista de sucesso que tão honradamente zelam pelos superiores interesses da Nação...

Como "gerador" da propriedadade intelectual de alguns dos capitanistas de sucesso desta nobre nação,  não é a minha noção de "trabalho ideal" ainda por cima não remunerado, o que, a meu ver,  faz de mim um hospedeiro em território de parasitas, só me resta à primeira oportunidade "dar de frosques" de tão nobre nação antes que acabe na rua a sustentar os nobres capitanistas cheios de mérito e de sucesso que são um exemplo para aqueles que querem singrar neste novo modelo... basta cultivarem as qualidades necessárias... bons conhecimentos do lado certo da autoridade, e um buraco de fechadura que vos renda boa propriedade intelectual... nada que um bom parasita já não saiba...

Mas, e quando este modelo já não chegar?
   



 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Novas oportunidades em Casa de negócios competitiva


PiuPiuzinho, que me sugas do tutuzinho nessa cada vez mais importante função para essa casa, que é partilhar entre os seus o que é dos outros sugado pelos mais talentosos parasitas por cagar ao serviço dos proxenetas donos da referida... 
A esta altura, convém esclarecer que a "obtenção de matéria-prima" ou de informação - dados pessoais, propriedade intelectual, etc - referente a residentes classificados como “objecto de especial interesse” ou seja “com muito para dar” às muito estimadas e talentosas “Elites da Casa de Putas” por quaisquer meios disponíveis é legítima, desde que se cumpram os requisitos necessários, a saber:
- a “recolha”, processamento e partilha do material em bruto deve ser feita por putas profissionais devidamente credenciadas e treinadas, com o objectivo de minimizar desnecessárias devassas de vida privada (os LRads são para isso mesmo) do “objecto de especial interesse”.
- autorizadas por decreto de um dos proxenetas donos da casa acima mencionada, sempre que sirvam os superiores interesses dos proxenetas e ou suas putas mais próximas.
- seja “recolhida” por métodos e instrumentos que obedeçam aos mais recentes critérios de eficiência, que providenciem o máximo de dignidade e segurança aos seus operadores, e que permitam ir directamente à fonte dos “nutrientes”. Deve-se complementar esta actividade com a imposição de um boicote sócio-económico ao dono do intestino hospedeiro de forma a minimizar eventuais efeitos secundários e as  sempre caluniosas disputas legais pela propriedade intelectual que tão arduamente custou a adquirir aos talentosos parasitas por cagar, bem como injustas criminalizações decorrentes de múltiplas violações descritas na Lei Penal que existe, como todos sabemos, para gringo ver e otário que não é puta de chulo dono disto tudo iludir (mas a que as aparências obrigam a ter que ser mantidas por uma questão de credibilidade e para que os nossos “mais capazes” possam continuar a beneficiar-se das vantagens que o estatuto de nação providencia). De notar que (oficiosamente) a Lei do Proxeneta deverá prevalecer sobre a Lei Penal, devendo recorrer-se a todos os expedientes e métodos à disposição para garantir que tal aconteça. 

Feito o esclarecimento, volto a perguntar publicamente: entre parasitas por cagar que me espiam e gravam 24 horas por dia há anos e escroques que se beneficiam da propriadade intelectual recolhida dessa actividade, quantas putas trabalhadoras sérias e honradas é que se estão a sustentar às minhas custas? Tirando as que já tomei conhecimento...

Como devem calcular, mais tarde ou mais cedo, vou saber quantos “clones” de propriedade intelectual surgem em teses de mestrado e posteriores patentes... E daí aos escroques* é um tirinho...
Agora sem trocadilhos, fica aqui publicamente o desafio às putas sérias ao serviço desses nobres proxenetas que tanto gostam de partilhar o que é dos outros... 

O piupiuzinho de serviço ao intestino grosso não quer partilhar a resposta? Assim poupava-me, no futuro, à despesa de comprar equipamento de 007 e uns Lrads que ainda custam umas centenas de milhares de Euros, para vos ir ao buraco de fechadura procurar a resposta... até porque não tenho uma casa de putas a financiar-me e a poteger-me..



* escroque - trapaçeiro. Indivíduo que se apodera do alheio por meios fraudulentos - Dicionário Verbo Editora