sexta-feira, 29 de junho de 2012

A caminho do progresso!

Todos os dias, como cidadãos, somos inundados com notícias que nos alertam para a urgência dos tempos em que vivemos, e para os riscos a eles associados. É o risco de falência da nossa economia – que teve de ser urgentemente socorrida -, é o risco de colapso da moeda comum e até de desagregação da UE, é a constatação da escalada do crime económico organizado que atingiu proporções verdadeiramente insuportáveis para qualquer país que almeje algo mais do que ser mais um membro do clube do terceiro mundo, enfim é todo um maremoto de factos e de ameaças que pairam no ar que nos dão motivos para apreensão acerca do futuro próximo. Por isso, seria de esperar que agora mais do que nunca, e tomando em atenção as lições da história, os níveis de exigência pelos quais se guiam a nossa sociedade, estivessem ao nível daqueles que estão consagrados nas leis com que nos regemos como estado de direito democrático. Como todos percebemos há muito tempo, tal não sucede e como todos já percebemos também, estamos a pagar parte do preço por essa “discrepância” entre aquilo que as nossas leis dizem, e aquilo que de facto se faz. Pelo que não é preciso ser um génio para concluir que quanto maior for essa “discrepância” mais prejudicada sai a sociedade e o país como um todo. Com certeza alguém ganhará alguma coisa com este estado de coisas. Agora, há algumas coisas que se passam em público, e que são tão óbvias pela sua natureza criminosa que me pergunto como podem acontecer num país que se diz democrático e respeitador dos direitos liberdades e garantias de todos os que nele habitam. Pergunto: há alguma lei neste país que consagre o direito à impunidade de alguém, dependendo do tamanho da sua carteira ou os conhecimentos que tem? Eu não conheço. Provavelmente será a tal “discrepância” a evidenciar a realidade. Outra pergunta: o que é que leva um cidadão de um país da União Europeia a aceitar em democracia aquilo que não aceitava em ditadura? Porque será que aceitam (alguns até com uma certa alegria, pasme-se) de um bando de putas porcas – milionariamente equipadas por sinal – o que durante anos de ditadura foi um dos motivos de luta e resistência e que nem sequer era feito às claras? Será que o chulo dessas putas porcas que gostam de andar a espiar as pessoas e gabarem-se disso em público através do seu megafone muito “hiteck” como se sentissem necessidade de fazer questão de mostrar a todos que Portugal é o seu território, está a fazer um aviso à navegação do género “se te metes com as putas e os seus chulos, isto é o que te acontece; estás em Putagal e em Putagal não temos paredes, temos fronteiras. Cá mandam as putas e os seus chulos! A lei é só para manter as aparências e os papalvos nos seus devidos lugares!”

Se calhar, este é o caminho do progresso! A “discrepância” é a solução para os nossos problemas! Tem dado bons resultados pelo menos para os chulos e as suas putas!